sábado, 13 de setembro de 2014

O canteiro e as dez florzinhas 9/10

Quando a florzinha número cinco se aproximou do lugar da número nove, demonstrava claramente que estava muito cansada de todo aquele aprendizado que estava fazendo,e pensou:
-Para que a nove não saiba que estou cansada, vou chegar com bastante ânimo e vou aprender da melhor maneira possível, para que todos imaginem que estou bem.
Mas não tinha noção como seria o trabalho na função da número nove,pois nunca se interessou pelas florzinhas de numeração maior do que a dela.Quando iniciou o processo de aprendizado começou a reparar nas florzinhas que iria passar pela função,então percebeu que a número nove andava de um lado para outro no canteiro.
A florzinha número nove a recebeu e logo percebeu que a cinco estava muito cansada e pensou:
-Deixarei a cinco descansar o período da manhã e no período da tarde a ensinarei a função.
Então a número nove disse para a número cinco:
-Sente-se e fique a vontade.
A cinco sentou e ficou aguardando a nove lhe ensinar a rotina da sua função, e passou uma hora, duas horas e amanhã já estava passando e nada, e esperava a nove iniciar seu trabalho para era acompanha-la e nada também, porém, percebeu que a número nove o tempo todo ficava olhando ao redor e de vez em quando usava até uma luneta para ver mais longe.
A número cinco pensou:
-Ela deve ter percebido que estou cansada e não quis me ensinar à função para dizer depois que eu não quis aprender a sua função.
E as horas foram passando e a florzinha número nove continuava a olhar ao redor.
E a florzinha cinco continuava pensando maldades:
-A número nove não quer me ensinar a sua função, pois o período da manhã esta quase terminando, e ela ainda não me falou nada da sua função e começou a ficar inquieta.
E a número nove olhava para a número cinco e pensava:
-Já esta quase terminando o período da manhã e a cinco não conseguiu descansar nada, estava visivelmente agitada, porém teria que passar a função no período da tarde, pois estavam muito desprotegidas.
A função da número nove era vigiar todo o canteiro, ela era treinada para vigiar e eliminar ervas daninhas e insetos predadores por terra e por ar.
A florzinha cinco continuava a pensar maldades, e quando viu que a número nove estava saindo então a seguiu e percebeu que a nove estava indo até o jardineiro pensou:
-A nove certamente vai falar para o jardineiro que eu não quis aprender a função dela, mas vou fazer assim, vou até o jardineiro também, e digo que quero falar com ele, e que a nove pode falar primeiro e quando ela entrar na sala para falar com ele entrarei escondida e ficarei ouvindo e quando ela começar a falar que eu não quis aprender a sua função,vou dizer que ela que não quis me ensinar a sua função e vou brigar com ela.
E aconteceu como a cinco havia planejado,quando a nove entrou na sala para falar com o jardineiro ela entrou escondida,e quando a nove começou a falar com o jardineiro, grande foi a sua surpresa, pois a nove falou para o jardineiro que estava muito preocupada com a cinco e pediu um dia de folga para ela se restabelecer, porque já havia a poupado por toda manhã e percebeu que ela não conseguiu descansar.     
Então a cinco ficou muito triste com sua atitude e já estava indo embora quando o jardineiro á viu, chamou e perguntou:
O que você quer falar comigo?
Ela disse:
-Nada de importante, sei que o senhor esta ocupado falando com a nove.
Ele disse:
-Pode falar a número nove cedeu à vez para que eu falasse com você.
Ela ficou mais triste ainda, e resolveu ir embora.
O jardineiro percebeu que ela estava muito diferente, pois não brigou e não argumentou nada.
Quando a cinco estava saindo pensou:
-Seria muito injusto eu simplesmente ir embora sabendo que a nove estava preocupada comigo, eu pensando tantas coisas ruins e planejando maldades contra ela.
Resolveu voltar e contar todo seu plano para o jardineiro e para a número nove e pediu perdão para eles,e falou para a nove:
-Caso você queira, estou disposta á aprender a sua função e não quero folgar o período da tarde.
Pois havia perdido tempo demais pensando e agindo errado.
A nove foi com ela para lhe ensinar a função.
Depois que aconteceu todas essas coisas o jardineiro vendo as duas florzinhas saindo juntas para o aprendizado da função nove, pensou:

-Hoje a florzinha número cinco aprendeu uma grande lição, pois só perceber que errou e não consertar o erro é uma grande falta de sabedoria, pois só ao conserta-lo que vem o aprendizado.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O canteiro e as dez florzinhas, 8/10

A florzinha número cinco foi aprender a função da número oito e ao chegar próximo do local percebeu que havia uma grande fila, ao se aproximar a primeira coisa que quis saber era  o motivo daquela fila.
Então a oito respondeu:
-É a fila dos interessados no pólen, que chegam bem cedo.
A cinco pensou:
-Como o jardineiro é rico, toda essa fila comprando pólen.
A florzinha número oito falou para a florzinha número cinco:
-Não tenho como atender a fila e te ensinar ao mesmo tempo, vamos fazer assim, vou atender a fila e você olha tudo com muita atenção e quando eu terminar te explico a rotina da minha função.    
A florzinha número cinco concordou.
Quando a número oito começou a atender a fila a número cinco percebeu que alguns levavam mais pólen outros menos, porém todas levavam.
Ela só prestou atenção no movimento.
Depois que acabou a fila a número cinco perguntou para a número oito:
-As outras florzinhas do canteiro sabem desse movimento devido o pólen?
A oito respondeu:
-Sim, em dias mais movimentados do que hoje o jardineiro até manda algumas delas para me ajudar.
A cinco pensou:
-É bom saber que o pólen é bem comercializado, pois vou fazer algumas solicitações para o jardineiro para melhoria do canteiro, pensando bem vou solicitar algumas coisas só para mim, já que as demais sabiam de tudo e não pedem nada.
E começou a anotar o que queria: um irrigador fixo nos dias quentes, uma forma de drenagem automática caso algum dia ocorra excesso de irrigação, uma cobertura móvel para dias de muito sol ou de muito frio.
Então a número oito chegou próximo a cinco para ensinar a rotina da função, a número cinco quase não ouvia o que a número oito falava, pensando em mais coisas para solicitar ao jardineiro.
 Percebeu que a número oito não havia falado o preço do pólen, como era feito o recebimento, não mencionou nada sobre dinheiro. Não gostou, pois achou que a número oito não confiava nela, porém não falou nada.
No outro dia a número cinco já trabalhando na distribuição, percebeu que ninguém pagou para ela, e foram assim todos os dias que ficou com a número oito para aprender a função.
No último dia de aprendizado a número cinco pensou:
-A florzinha número oito instruiu a todos que não pagassem para mim.
Decidiu reclamar com o jardineiro e já aproveitou para fazer as solicitações.
Chegou ao jardineiro e falou primeiro as solicitações: irrigação, drenagem e a cobertura. Depois reclamou da número oito, disse que achava que a número oito não confiava nela pois não havia deixado ninguém pagar para ela, não falou sobre o preço pago pelos polens e não mostrou onde guardava o recebimento.
O jardineiro com muita calma disse que não iria atender a seus pedidos porque ele já irriga, drena e cobre o canteiro inteiro o suficiente, mas mesmo assim se ela necessitasse de mais alguma coisa era só pegar no depósito geral e quanto ao valor do recebimento ela deveria ter perguntado para a número oito, pois com certeza ela diria que não há recebimento em dinheiro pois distribui os pólens de graça.
Ela não prestou atenção na resposta das solicitações, pois ficou muito surpresa na distribuição daquele tanto de pólen ser de graça, e disse:
-Não podemos distribuir pólens de graça,são tantos os que buscam,fazem filas enormes, já estaríamos ricos se vendêssemos desde o início, e poderíamos vender a partir de agora? 
O jardineiro respondeu:
-Não!
E explicou:
-Há muitos anos fazemos parte de uma linda e grande corrente de cooperação, nós distribuímos o pólen de graça e eles de graça também os levam para lugares onde esta desmatado e assim nascem várias plantinhas que na fase de pólen distribui de graça para que não fiquem extintas as nossas espécies e assim segue ano após ano.
A cinco disse:
É tudo parece muito bom, mas as outras florzinhas sabem disso?
Ele falou:
Sim, inclusive quando a fila de distribuição esta muito grande uma delas sempre vai ajudar na distribuição e todas já passaram pelo setor, só faltava você mesmo, porém elas não ficaram pensando em ganho, logo no inicio souberam que a distribuição era gratuita ficaram mais felizes ainda, e todas no final do dia de trabalho vieram falar comigo achando maravilhosa a atitude do canteiro e passaram a produzir mais pólen ainda, pois, sabem que quanto mais produzirem, mais distribuímos.
A florzinha número cinco disse:
-Se todas sabem da distribuição gratuita e ainda ficam felizes, não posso fazer nada, já que elas se contentam com tão pouco e nesse caso com nada.
E foi embora.
O jardineiro pensou:

-Um dia ela vai perceber que, quando fazemos algo para ajudar alguém doando alguma coisa mesmo que pequena ,podemos dizer que temos muito até para dividir, e poder ajudar alguém com o que temos isso não tem preço.

domingo, 4 de maio de 2014

O canteiro e as dez florzinhas, 7/10

Quando chegou o dia da florzinha número cinco aprender a função da número sete, ela foi até o local muito triste, porque continuava achando que as demais florzinhas eram mais privilegiadas, até mesmo a seis que era após ela tinha função melhor do que a dela, embora tenha  passado um grande susto quando aprendeu a função da número seis.  
Ela demonstrava claramente que não estava contente em aprender a função da número sete, porque muitas  vezes  via a número sete passar em vários horários do dia com uma enorme mochila, pensava que a número sete fazia entregas.           
                Logo que chegou a número sete informou:      
                -Nesta função é necessário agilidade e sabedoria.
                E pegou uma mochila e passou para a cinco e disse:
                -Vamos.
                A número cinco pensou:                                            
                -Vou fazer as entregas. Mas percebeu que a mochila estava vazia.
                Então perguntou:
                -Aonde vamos?
                A número sete respondeu:
                Trabalhar, pois já estamos nos atrasando e na minha função temos que sair do local de origem, e visitar todas as outras florzinhas com exceção de uma por ordem do jardineiro.
                A cinco surpresa, perguntou:
                -Como faremos as entregas, se mochila esta vazia?
                A sete disse:
                -Não vamos fazer entregas, e sim coletas.
                A cinco perguntou:
                -Fazer coleta do que?
                A sete respondeu:
                -De pólen. Vou te explicar a rotina da minha função, todos os dias passo em todas as florzinhas do canteiro para recolher pólen, pois todas entregam produção por hora. E a quantidade da produção a ser entregue é variada, dependendo da função é estipulado o quanto de pólen será entregue, então a cada hora passo e recolho a produção, faço isso por oito horas seguidas, coloco toda produção do dia juntas no mesmo recipiente e no final do dia faço a divisão em embalagens que constem o mesmo peso e o mesmo tamanho.
                A cinco ouviu tudo o que a sete disse. Então falou:
- Era bem como eu pensava mesmo, aqui no canteiro tem algumas flores que são mais privilegiadas.
                A sete disse:
                -Não é privilégio, sim fazer o que é justo, a que tem a função mais complicada, entrega menos pólen, e as que tem condições de entregar mais assim fazem. Eu por exemplo que pego a produção do canteiro inteiro, sou a que entrego menos produção.
                A cinco disse:
                -Você faz uma caminhada pelo canteiro, e por isso entrega menos, esse teu serviço é muito fácil e não tem esforço. Então eu tenho razão, sempre disse que a minha função era a mais difícil, fico bem no meio fazendo a junção, e acho justo que nunca me foi solicitado produção de pólen.
                A sete disse:
                -Eu sei que nunca lhe foi solicitado produção de pólen, afinal sou eu que recolho todos os dias desde o início. E quando disse que havia uma exceção era de você que eu me referia.
                E continuaram a recolher os polens, e quando terminaram de recolher a primeira hora da produção ainda não estavam cansadas, quando passou a segunda hora, a terceira, a quarta,a quinta na sexta hora a número cinco disse:
                -Chega por hoje, estou muito cansada.
                A sete disse:
                -Hoje esta menos cansativo, estamos carregando em duas, o que normalmente carrego sozinha e não podemos parar ainda faltam dois recolhimentos, pois são oito por dia e não posso deixar de recolher,pois se passar a noite sem recolher o sereno molha e estraga.
                A cinco disse:
                -Estou muito cansada, julguei sua função, percebi que ela é importante e cansativa.
                A sete se compadecendo da cinco disse:
                -Descansa um pouco até a hora da próxima produção.
                A sete na hora de pegar as produções que faltavam, preferiu deixar a cinco descansando, pois mostrava claramente que estava exausta a ponto de não perceber quando a sete fez os dois recolhimentos que faltavam.
                Quando a sete chegou da última produção do dia chamou a cinco para começar a embalar.
                A cinco perguntou:
                Podemos deixar para embalar amanhã?
                A sete disse:
                -Não.
                E explicou:
                -Não podemos deixar para amanhã, porque hoje ainda temos que passar a produção separada, pesada e embalada para o número oito, porque todos os dias bem cedo ela inicia o trabalho e sempre com a produção do dia anterior.
                A cinco pensou em perguntar o porquê, depois lembrou que a oito seria a próxima função que iria aprender, preferiu não perguntar nada sobre a rotina da número oito. E ainda faltava ela aprender o processo de separar, pesar e embalar.
                A sete então explicou o processo:
                -Pesamos todos os polens juntos dividimos em partes iguais e com o mesmo peso após isso embalamos.
                Questionando esta atitude a cinco perguntou:
                -Por que algumas florzinhas tem que produzir mais pólen do que outras se no fim é colocado tudo junto e embalado com o mesmo peso?
                E continuou falando:
                -Certamente as florzinhas não sabem disso, pois entregam os pólens tão satisfeitas, e não sabem que algumas produzem mais e outras menos.
                A sete cansada de ouvir reclamações o dia todo então falou:
                -As florzinhas sabem de tudo, que algumas produzem mais e outras menos e que você não produz nada.
                A cinco ficou muito surpresa, e perguntou:
                -Como sabem de tudo isso?
                A sete disse:
                -Quando o jardineiro percebeu que estávamos na fase de produzir pólen ele resolveu fazer uma reunião para nos informar a quantidade de produção de cada uma, e até perguntaram de você e da sua produção.
                Ele disse que não iria solicitar produção para você, e que depois se preciso ele falaria com você a parte.
                A florzinha número cinco, muito zangada foi até o jardineiro.
                Chegando lá já perguntou:
                -Por que houve uma reunião que eu não fui convidada? E por que achou que eu não seria capaz de entregar produção?
                Ele disse:
                -Eu sabia que um dia você questionaria esse assunto. Então vou responder suas perguntas. Fiz reunião sem convida-la, pois sabia que você não iria gostar de entregar produção, a quantidade da produção e também os horários a serem entregues. Resolvi deixar você sem entregar produção, por você ser do meio ficaria reclamando e desmotivaria as demais.
                Ela perguntou:
                -E o que acontece com a minha parte?
                Ele disse:
                -Dividi o que seria para você fazer em partes iguais com as outras e elas aceitaram, e fazem a sua parte.
                Ela ficou surpresa com a amizade e companheirismo das outras, e retornou para a função da número sete.
                Ao chegar a sete, percebeu que o trabalho do dia já havia encerrado, pois a sete dividiu,pesou e embalou todos os pólens.

                Então percebeu que  estavam fazendo o serviço por ela, e notou que às vezes o privilégio e  descanso de um é por sacrifício de outros.

sábado, 29 de março de 2014

O canteiro e as dez florzinhas, 6/10

A florzinha número seis tinha várias qualidades, no período em que recebeu a florzinha número cinco para o aprendizado, três das suas virtudes se destacaram: a hospitalidade, a humildade e a sabedoria.
                A hospitalidade:
                Mesmo sabendo que a florzinha número cinco estava lá somente para manter o acordo que fez com o jardineiro a recebeu bem, e se dedicou muito a ensinar para a número cinco a sua função.
                A humildade:
                Então a florzinha número seis falou:
                -Venha aprender a minha função.
                A florzinha número cinco com desprezo foi, porque achava que a função da seis seria igual à dela, elo de sustentação.
                Chegando lá a número seis falava com a número cinco, que parecia não estar ouvindo,
porém, a seis começou a falar:
                -Minha função é um pouco complicada, mas, você é inteligente aprenderá rápido.
                A cinco pensou:
                -Farei a função dela melhor do que ela, pois certamente, como elo de sustentação deve me copiar o tempo todo.
                A seis falou:
                -A minha função é totalmente diferente da sua.
                A número cinco ficou surpresa e perguntou?
                -A sua função não é de sustentação igual a minha?
                A seis respondeu:
                -Não.
                E perguntou:
                -Você nunca reparou que nossas funções eram diferentes?
                -A cinco respondeu:
                -Não, pois sempre olhei as da minha frente, nunca olhei para trás.
                -A seis falou:
-Vou te mostrar minha rotina no canteiro. Todos os dias observo tudo com atenção, principalmente a número um, para passar as coordenadas para as demais que estão atrás de mim, pois já é estabelecido que ao invés delas seguirem o comando da número um direto elas seguem aos meus.
                -A florzinha número cinco surpresa, perguntou:
                -Você faz a função de número um?
                A seis respondeu:
                -Não, faço a função da numero seis, que é assim:
                -O comando da fila além da minha numeração, mas, diferente do que você pensava, não copio você, e sim os comandos da número um.
A sabedoria:
A número cinco quis logo assumir a função para o aprendizado.
Mas, antes de passar o cargo a número seis falou para a cinco:
-Não esqueça, não é só o comando que você deve observar, e sim tudo, mas, tudo mesmo, e eu ficarei aqui do seu lado, porém, você fica no comando da função.
A florzinha número cinco estava gostando muito daquela função e logo pensou:
-Vou me esforçar para ficar nessa função e vou separar o canteiro em dois grupos, e não vou precisar do comando da primeira, farei meu próprio comando.
Então veio um vento muito forte, a florzinha número cinco tentou ver o comando da primeira, não conseguiu, pois as florzinhas a sua frente pendiam para um lado e para outro, ela sem saber o que fazer, pois além de não ver os comandos da um, ainda as que estavam atrás dela ficavam perguntando o que fazer.
                Então ela se desesperou.
                A número seis falou:
                -Diz o que devemos fazer, pois o vento esta muito forte.
                A cinco disse:
- Não sei o que fazer, não consigo ver o comando da primeira.
                A seis falou:
                -Então tem que partir de você o comando, pois quando não consigo ver o comando da um a decisão do que fazer é comigo, você ocupando a função número seis é que deve dar a ordem.
                A cinco disse:
                -Não vou conseguir.
A seis disse:
-Consegue sim, você observou tudo como te falei?
A cinco disse:
-Sim
A seis disse:
-Então diga o que observou
E disse:
-As florzinhas pendem para um lado e para o outro, e não caem, e nós estamos separadas delas.
A seis disse:
-Então pensa rápido o que falta?
A cinco disse:
-Falta um elo de união e segurança no meio do canteiro.
A seis disse:
-Se você sabe onde esta o problema, então da o comando.
A cinco disse:
-Mas, falta alguém na posição número cinco que é a minha, porque enquanto eu estiver fazendo o aprendizado nas outras numerações não ficará ninguém no meu lugar.
A número seis disse:
-Deixa que faço o elo de união e segurança e você continua no comando.
E quando a seis fez a junção para união do canteiro, todas as florzinhas se seguraram umas nas outras, não precisou de comando, todas ficaram bem seguras até que o vento passou.
Então a número cinco entendeu, que na hora do vendaval ela seria mais útil no seu lugar determinado, pois, já havia passado vários vendavais com o grupo e somente neste que estava fora do seu lugar, não soube o que fazer, para sobreviver ao vento forte.
E percebeu que se o grupo fosse divido em dois, como queria caso permanecesse na função seis, seria dois grupos, porém incompletos, correndo grandes e graves riscos que jamais correriam se continuassem juntos e principalmente com o elo de união e segurança.


quinta-feira, 13 de março de 2014

O canteiro e as dez florzinhas, 5/10

A florzinha número cinco, mesmo dizendo que estava tudo bem na reunião, ficou murmurando:
                -É!  Todas dizem que estão bem porque não estão em uma posição como a minha, no meio do canteiro, ou seja, não tenho privacidade, sempre me esforçando muito para ser elo de segurança e união.
E ficou olhando a rotina de cada uma de suas companheiras de canteiro.
                E achando que sua função era mais difícil do que das suas demais amigas, pensou:
                -As outras são mais privilegiadas.
 Então foi falar com o jardineiro.
Ele ouviu toda sua reclamação, depois disse:
-Não há privilégios, todas são igualmente importantes, e todas são esforçadas.
Ela disse:
-Concordo.
Mesmo sem concordar, e disse:
-Como sou a florzinha do meio do canteiro, vamos fazer assim, eu troco de função por um período de tempo com algumas florzinhas na sequência da fila, e quando chegar à quinta posição que é a minha eu paro e fico no meu lugar.
O jardineiro disse:
-Vou fazer uma reunião com as demais e depois te respondo.
                A florzinha ficou muito contente, em nenhum momento pensou em resposta negativa, e já começou a imaginar, o que faria quando estivesse na posição de número um e pensou:
                -Serei bem firme, não quero ser simpática e não vou dividir meu poder e status com ninguém, principalmente com a número dois!
Mas, logo se lembrou de que, se aceito sua proposta também passaria um tempo como segunda, então em pensamento achou melhor deixar algumas funções com a número dois.
                E em seguida pensou:
               - Mas a número três darei uma grande lição, antes de passar a fazer a função da número dois,pois não esqueci o que ela fez e quando fizer a função da número três, quero fazer tudo melhor possível ,para que todas possam ver que aquele problema que ela passou e nos fez passar também poderia ser evitado,e com essas atitudes  quando eu for a número quatro terei  melhor  aprovação do que a quatro atual com o discurso de família,porque até essa posição tenho que convencer a todas da minha capacidade , talvez elas me elogiem para o jardineiro e ele me nomeia como primeira,porque a número um não me engana,dizendo agora que é feliz como primeira,antes reclamava tanto da sua posição. Eu tenho que conseguir, pois a próxima posição é a número cinco é o meu lugar, ou melhor, o lugar que ocupo hoje.
                O jardineiro por alguns dias observou as atitudes da florzinha cinco, fez uma reunião com as demais e decidiram  a resposta mais justa para aquela situação.
                Chegou enfim o dia da resposta. Quando a florzinha viu o jardineiro vindo em sua direção ficou alegre e perguntou.
                -Qual a sua resposta?
                Ele disse:
                -Sim, deixarei você passar pela experiência de algumas florzinhas até chegar o seu verdadeiro lugar na fila.
                Ela muito sorridente perguntou?
                -Quando posso começar a experiência?
                Ele disse:
                -Amanhã mesmo, mas quero te dizer ainda que você vai começar a experiência como a número dez.
                Ela se assustou, e disse:
                -Senhor ,quando falei que queria passar por experiências das funções das minhas companheiras de canteiro me referia as que estão a minha frente,que são as privilegiadas.
                E o jardineiro respondeu:
-Você concordou que eram igualmente importantes e que não havia privilégios.
E afirmou:
-Amanhã bem cedo você assumira a função da número dez.
                Ela mesmo triste obedeceu.
                No outro dia bem cedo no horário marcado ela foi até a número dez para assumir sua função, ficou surpresa em encontrar o jardineiro e todas as outras florzinhas a sua espera .
                Quando viu todos reunidos, se entristeceu mais, e quando foi trocar de posição com a número dez, o jardineiro falou:
                -Em nossa reunião combinamos, caso você viesse hoje para assumir a posição da número dez ,nós te faríamos uma nova proposta.Que ao invés de você assumir de ordem decrescente da dez até a cinco sua posição,você faz de ordem crescente a partir da sua posição até a número dez,mas, sempre acompanhada da florzinha do lugar que você estiver ocupando.
                Ela pensou por alguns instantes, achando que seria menos traumatizante daquela forma e aceitou, e já foi para a posição da número seis, que a recebeu com muito carinho.
                O jardineiro olhou e pensou:
                -Ela terá uma grande oportunidade, de aprender que não importa a sua função ou ocupação, o importante é a determinação, a satisfação e o compromisso aplicado, no que lhe é destinado a fazer, pois com certeza será bem feito, e com isso valorizado.

Observação: A história da sexta florzinha até a florzinha número dez, todas terão a companhia da florzinha número cinco.

domingo, 9 de março de 2014

O canteiro e as dez florzinhas, 4/10

Depois do que ocorrido com as florzinhas número um e número três o jardineiro convocou todas as florzinhas para uma reunião.
                Na reunião o jardineiro falou sobre a sua preocupação, pois estava acontecendo algumas coisas que ele não imaginava que aconteceria, o jardim era muito bonito, e sempre tirava os matos indesejáveis, adubava e regava enfim era bem cuidado. Então ouviu as explicações de algumas, as desculpas de outras e percebeu que a florzinha número quatro nada falou.
                Então perguntou para a florzinha número quatro:
                -Você tem algo a dizer?
                A número quatro respondeu:
                -Sim.
                -Ele disse:
                -Então nos diga.
                E falou para todos a sua opinião.
                -Tudo que aconteceu é normal acontece em todas as famílias, pois somos mais do um grupo de amigas, somos uma família, podemos até errar mais sempre vamos nos desculpar, nos perdoar e seguir em frente.
                E todas concordaram se abraçaram.
                O jardineiro ficou contente com aquela atitude, mas, ficou muito curioso para saber, por que a florzinha número quatro não tinha dito nada só se manifestou quando ele perguntou se queria falar algo.
                Chamou a florzinha ao lado e perguntou:           
                -Por que aguardou ele perguntar a sua opinião?
                Ela respondeu:
                -Como já disse, somos uma família, e família se conhecem eu sabia caso não falasse junto às demais o senhor perceberia e com certeza perguntaria então a atenção seria completa e ficaria mais fácil todas entenderem que somos uma família, e se estivesse argumentando junto com o grupo não teriam me ouvido.
                Então o jardineiro entendeu.
                -Ela concluiu falando:

                -Por isso sempre digo um período de silêncio antes, faz toda a diferença na resposta e no resultado que vem depois.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O canteiro e as dez florzinhas, 3/10

O canteiro das dez florzinhas era em um campo bem longe de árvores, porém na sombra de uma rocha e perto da cerca divisória de outra propriedade, que também havia um canteiro bem próximo da cerca divisória.
Por não haver árvores no local, os dias de sol eram muito quentes e intensos e quase sempre passava ventos fortes, mas a rocha as protegia, nos dias de sol com sombra e nos dias de ventos ela ficava a frente do canteiro.
Numa manhã as flores olharam para a propriedade vizinha e viram o canteiro com flores grandes e bonitas e o vizinho estava plantando mais flores ainda já estava plantando a última flor, mesmo assim acrescentou mais terra ao canteiro o deixando pronto para plantar mais flores.
Todas as flores achavam diferente a forma da plantação,do vizinho, mas continuaram em suas posições. Passaram alguns dias e uma das florzinhas começou a olhar para o canteiro vizinho e falou para as outras:
-Olhem! Elas crescem mais rápido do que nós e são mais bonitas também.
As outras disseram:
-Não elas são normais.
E falaram:
-Nós percebemos que a cada dia que passa esta faltando algumas flores no canteiro. E vamos nos proteger, pois esta vindo um vento forte.
Porém a florzinha número três pensou:
As flores que somem daquele canteiro certamente estão em algum vaso luxuoso enfeitando alguma casa linda.
Começou a murmurar dizendo:
-O que esta atrapalhando este canteiro é ficar protegido pela rocha.
Pensou:
                O primeiro vento que passar eu vou sair de trás da rocha o vento me leva e vou para o outro canteiro.
E assim fez,e foi para o canteiro vizinho.
Passando alguns dias quando o sol chegava a queimava mais que as outras, pois ela nunca ficou exposta a tanto sol, por que a rocha fazia sombra. Então começou a murchar e as companheiras de canteiro, lhe disseram:
-É melhor você se acostumar logo com o sol ou você vai murchar e vai acontecer o mesmo que já aconteceu com muitas outras de nós.
Ela perguntou:
-O que teria acontecido com algumas delas?
Então disseram:
-Você nunca percebeu que algumas do nosso canteiro sumiram?
Ela respondeu:
-Sim.
Disseram:
-O nosso dono não se importa conosco se alguma murchar ele simplesmente joga fora.
A florzinha número três ficou muito triste e falou:
-Quando elas sumiam eu sempre pensava que foram colhidas para servir de enfeite em algum vaso luxuoso.
Então resolveu voltar para seu antigo canteiro, porém se lembrou de que o vento só vinha em sua direção não havia como ela voltar pelo vento, entristeceu, murchou e estava quase morrendo, suas amigas do canteiro anterior de longe viam a aflição da florzinha, mas não conseguiam busca-la.
Tiveram uma ideia:
Vamos fazer assim, uma de nós segura na rocha e as demais cada uma segura na mão da outra, e fazemos uma corrente, assim pegamos nossa companheira e mais alguma que quiser vir, voltamos novamente para a sombra e proteção da rocha.
E fizeram assim e deu certo e trouxeram sua companheira e mais algumas que quiseram vir.
E a florzinha número três disse:

                Nunca mais quero sair da sombra e da segurança da rocha.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O canteiro e as dez florzinhas, 2/10

No canteiro das dez florzinhas existe uma florzinha que atende pelo nome de Segunda, por ela ser ajudante da primeira, então nunca se incomodaram em saber seu nome simplesmente a chamam de Segunda, no inicio ela até argumentava, mas com o passar do tempo se acostumou com a forma de tratamento mesmo não gostando. Embora no seguimento da fila seja a número dois, ela tem uma grande função, nas chuvas intensas, sol forte, ventos ou qualquer outra mudança climática,que a primeira percebia e todas as formas de livramento que ela elaborava ,utilizava a Segunda como modelo para exemplificar e ensinar para as demais as estratégias de livramento, pois a segunda era calma, pacienciosa e fazia tudo com muito zelo.
Quando a primeira florzinha não queria mais estar à frente no canteiro, todas se preocupavam e questionavam entre elas, como seria e quem assumiria a primeira posição, foram falar com o jardineiro.
Ele disse:
A florzinha número um não sairá, mas se por ventura saísse à florzinha número dois passaria a ocupar sua posição.
Mesmo o jardineiro falando não ficaram seguras, então durante a rotina do dia começaram a reparar como a número dois agia. E viram que mesmo com a possibilidade de ser a líder, ela continuou a fazer seu trabalho normalmente.
As outras florzinhas continuaram inseguras com a possibilidade da mudança.
Um dia quando a florzinha número um foi ter uma das conversas com o jardineiro sobre a sua saída, demorou muito, e nesse período veio um vento mundo forte sobre o canteiro e todas ficaram desesperadas, porém com a experiência de estar próxima a número um a número dois rapidamente elaborou uma estratégia e como já estava acostumada exemplificou como fazer, as demais fizeram e o vento passou e todas ficaram intactas, então ficaram calmas sabendo que caso a primeira saísse estariam bem lideradas pela que chamavam de Segunda.
As florzinhas acharam que depois desse episódio que passaram com o vento, a número dois iria se exaltar e que falaria com ao jardineiro para ser a primeira e jamais seria a ajudante da primeira novamente.
Quando a primeira retornou da conversa com o jardineiro com a certeza que não sairia da sua posição a número dois ficou contente e disse:
-Que maravilha que você não quer mais sair, o seu lugar esta te aguardando e enquanto você conversava com o jardineiro passou um vento muito grande aqui, elaborei algo para nos livrar dele e deu certo, mais você fez muita falta para somar e ficaríamos bem mais tranquilas com você aqui.
Todas ficaram surpresas com aquela atitude e entenderam que mesmo na posição de segunda é possível ter caráter a atitudes de primeira.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

O canteiro e as dez florzinhas, 1/10

Um jardineiro olhando para um canteiro vazio resolveu plantar nele algumas florzinhas, então adubou a terra e semeou as sementes, e só dez florzinhas vingaram, todas foram plantadas na mesma terra tratada com o mesmo adubo, porém nasceram  diferentes.Então o jardineiro resolveu replanta-las enquanto eram pequenas e coloca-las em fila para organizar o canteiro,logo viu uma que se destacava que parecia mais forte e a colocou a frente de todas, e pensou:
-Vou deixar esta à frente por ter aparência saudável, forte e muito viçosa e achou que ela também ajudaria as demais a crescerem se preciso.
E o tempo passou e aquela florzinha sempre à frente, passou vento, chuva e ela continuou firme a frente das demais e fazendo  o melhor para honrar a confiança do jardineiro.
Um dia a florzinha pensou:
-Com a existência de mais nove florzinhas naquele canteiro por que, ela teria que ser a primeira?
Já estava cansada de estar ali, decidiu falar com o jardineiro para fazer uma troca,para ele colocar outra florzinha de primeira e ela iria para outro lugar na fila.  Então falou com o jardineiro.
Ele disse não.
Ela ficou triste, mas mesmo assim continuou a frente, porém, não desistiu da idéia de sair da primeira posição.
Passou um tempo pediu novamente a troca ao jardineiro, que outra vez disse não.
Passou mais um período de tempo, e ela pediu novamente e dessa vez argumentou:
-Já faz tempo que estou à frente da fila e tem mais nove que poderia me substituir, é só fazer uma troca com qualquer uma delas!
Ele respondeu:
-Não.
E dessa vez também argumentou:
-Olha para o canteiro:  
Ela olhou.
-O que vê?        
Ela respondeu:
-Nove florzinhas.
Ele perguntou?
-Vivas ou mortas?
Ela disse:
-Vivas. 
-Alguma, murcha ou seca?
Ela disse:
-Não.
Então ele disse é assim que tem que permanecer, pois realmente tem várias plantinhas que posso colocar no seu lugar, mas para fazer a troca terei que tirar você da frente e replanta-la em outro lugar e da mesma forma com sua substituta, então o processo de adaptação pode não ser bom e uma de vocês pode murchar, secar e até mesmo morrer ou mais triste ainda acontecer isso com as duas, e todo o canteiro sofreria danos.
A florzinha percebeu que o jardineiro tinha razão e continuou a frente, feliz, pois sabia que era melhor não só para ela mas para todas que ela ficasse no seu devido lugar.
                 

                

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O sapinho e os insetos

Em Metáfora.


Havia uma lagoa, ao redor dela moravam várias espécies de insetos. Como eles são alimentos preferidos de sapos em pouco tempo muitas famílias de sapos vendo a grande fartura de insetos existente ali, mudaram para próximo da lagoa. E os sapos adultos quando chegaram, começaram a ensinar aos menores as técnicas de pegar insetos para se alimentar, pois quando ainda eram pequeninos, na fase girinos, eram vegetarianos então não sabiam capturar os insetos.
Era muito grande a quantidade de sapos adultos, e muito mais a quantidade de sapinhos.
Um dia os adultos que ensinavam, achando que não mais havia dúvidas entre os menores quanto à captura, já tinham idade para se alimentar de insetos e sabiam as técnicas na teoria, foram no capinzal próximo à lagoa. E cada papai sapo levou seu filhinho para  pegar seu primeiro inseto , eram muitos alunos.
O primeiro sapinho foi e voltou com seu inseto, e foi grande a comemoração. O segundo foi muito aplaudido, o terceiro também. E foi assim, até que faltava apenas um sapinho pegar seu inseto, então ele entrou no capinzal e voltou sem o inseto. Alguns pensaram:
-Ele não aprendeu direito a capturar insetos!
Outros falavam:              
-Ele ainda não cresceu o suficiente!
Outros já desesperados gritavam:
-Será que acabaram os insetos?
Outro disse:
-Calma amigos, vejam quantos insetos que estão voando na nossa frente!
Depois de muitos comentários todos se aproximaram do sapinho e o pai dele perguntou o que aconteceu, e ele respondeu:
-Antes quero informar que aprendi a capturar insetos, já cresci o suficiente e não acabaram os insetos, porém eu não quis pegar.
Todos ficaram surpresos com aquela resposta, e em coro o sapinho ouviu:
-Por quê?
Ele então respondeu:

-Porque o que é bom para vocês pode não ser bom para mim, eu respeito o gosto de vocês e espero que respeitem o meu, pois o alimento que comem pode ser apetitoso e satisfatório para vocês, mas não é para mim. Eu já decidi, quero ser para sempre vegetariano.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O quadro valioso e os pregos de sustentação

Um renomado e famoso museu programou uma grande exposição com vários quadros, e entre eles estaria um que foi considerado o melhor de todos, por vários críticos, e estava na moldura mais cara que existia para favorecê-lo ainda mais.
E a chegada desta obra de arte deixou as pessoas que estavam envolvidas neste evento muito preocupadas, era uma grande equipe liderada por um curador (pessoa responsável pela organização e manutenção de obras de arte), preocupavam com a segurança de todas as peças, mas em especial daquele quadro, pois era muito valioso, também com o melhor lugar para coloca-lo, pois sabiam que por mais que fossem expostos vários outros quadros, ele seria o mais procurado, notado, elogiado e até mesmo criticado, por alguns que não entendiam de arte, mas certamente iriam.
A cada dia que passava a expectativa aumentava, já haviam alterado até a cor da sala onde o quadro ficaria exposto, para nada ofuscar ou chamar mais atenção do que a maravilhosa obra de arte, pensaram também nas formas que ele seria exposto, começaram pensando em coloca-lo em uma vitrine e com alarmes modernos, mas logo acharam desnecessário, pois o museu durante  evento teria seguranças protegendo o local , depois queriam coloca-lo bem no alto para que ninguém chegasse próximo.
Em uma reunião acharam que não teria sentido fazer uma exposição tão divulgada e deixar as pessoas praticamente sem acesso à peça principal, então resolveram pendurar normalmente.
Depois de resolvido a forma de expor o quadro, o problema era com o que fixaria na parede, chegaram à conclusão que pinos de ouro seriam o ideal, logo fizeram a encomenda de vários, com o melhor joalheiro. Como o pedido foi feito muito próximo do evento, o joalheiro ficou de levar a encomenda no dia da exposição, momentos antes do início e informou que não havia necessidade de pagar, pois ele ficaria com os pinos e os guardaria como joia rara por ser usado na sustentação daquele quadro.
Enfim chegou o grande dia, o joalheiro demorou a chegar, e começou a fazer fila de pessoas para entrar no museu, e o joalheiro não chegou a tempo, então chamaram um senhor que trabalhava á muitos anos no museu e disseram:
-Consiga com urgência algo de ferro e grande para pendurarmos o quadro.
Pensaram que os ferros ficariam aparecendo e por serem muitos ficaria muito feio, mas não havia mais nada a fazer.
Então chegou aquele senhor com três pregos nas mãos, e pregou dois em cima, um do lado direito e o outro a esquerda, e um em baixo na metade da distancia entre os de cima. E disse:
-Pronto só colocar o quadro.
E a equipe do museu respondeu:
-Não podemos colocar o quadro, pois é muito valioso! O senhor não mediu a distancia ou peso!
Respondeu o senhor:
                -Depois de tantos anos trabalhando com isso posso garantir, não há necessidade de mais ponto de sustentação, pois os dois do alto ficam com o peso e o de baixo faz o equilíbrio da sustentação.
Então colocaram o valioso quadro e todas as pessoas passavam e admiravam e não perceberam que três pregos estavam por trás de uma grande obra de arte.




Moral da história: Não existem grandes pessoas, por mais sejam valorosas sem que estejam sustentadas por DEUS PAI, DEUS FILHO que é JESUS CRISTO e o ESPÍRITO SANTO DEUS.