Um certo homem possuí uma grande e bonita propriedade, a qual todos os dias faz uma vistoria em toda sua terra, por mais que pareça cansativo para ele não é, pelo contrário, ele acha o passeio muito prazeroso pois conhece muito bem cada cantinho, cada plantinha e cuida também de todos os animaizinhos.
Um dia em um desses passeios ele percebeu que duas ovelhinhas gêmeas, filhotes mesmo estando no mesmo pasto não se aproximavam, o tempo foi passando e cada vez mais aquela situação chamou a atenção daquele homem, mas esse homem pensava que com o tempo elas crescem e percebem que é muito bom irmãos serem unidos, porém o tempo passou e mesmo na fase adulta elas continuavam mantendo distância uma da outra. O fazendeiro pensou:
- Eu deixei elas crescerem juntas à vontade, mas não quiseram ser amigas, não queria tomar essa atitude mas terei que estreitar o espaço entre elas!
Então o fazendeiro colocou as duas ovelhas em um pasto pequeno e cercado, com capim suficiente para vários dias e um grande bebedouro de água, porém uma comia em um lado do pasto e a outra do outro, e para beber água alternavam, uma ia até o bebedouro quando saia a outra tomava. E assim foi por vário dias.
O fazendeiro se entristeceu muito ao ver aquilo, e pensou:
- Uma coisa que nunca vou aceitar na minha fazenda é inimizade de dois irmãos, mas não desistirei delas! Mesmo me entristecendo muito vou estreitar ainda mais o espaço delas.
E assim o fez, desta vez colocou as duas ovelhinhas em um curral que continha dois reservatório, um com uma pequena quantidade de água e o outro com uma pequena quantidade de feno, que estavam em lados opostos no curral, mesmo assim elas não se olhavam.
O fazendeiro foi ao extremo e mandou amarrar uma ovelha com a outra, com uma corrente bem forte e pouco espaço entre elas e as deixou no curral, e continuou a colocar feno e água nos pequenos reservatórios nos lados opostos do curral. As ovelhas ficaram lado a lado mas não se olhavam, o tempo passou e tiveram fome, as duas começaram a puxar, a princípio para arrebentar a corrente, mas não conseguiram, depois começaram a puxar querendo arrastar uma a outra, como tinham a mesma idade, mesmo peso e mesmo tamanho a tentativa foi em vão.
Depois de várias tentativas, já com fome, com sede e cansadas pensaram:
- Vamos nós duas juntas no reservatório de feno, comemos e depois faremos o mesmo com a água.
Passaram vários dias, e elas no mesmo ritual quando sentiam fome ou sede iam juntas aos reservatórias e assim ficaram muito amigas.
Então o fazendeiro vendo aquilo, começou a solta-las da corrente, e mesmo sem a corrente comiam juntas, e do mesmo que as prendeu aos poucos diminuindo o espaço delas, agora estava devolvendo o espaço pouco a pouco, colocou elas no pasto menor, que era maior que o curral, e elas ainda pastavam juntas, o tempo passou e o fazendeiro resolveu devolve-las ao pasto maior com os outros animais. No dia seguinte, quando o fazendeiro fez seu passeio costumeiro, viu que as duas ovelhas, mesmo livres em toda aquela grandiosa fazenda estavam juntas, correndo e brincando. O fazendeiro olhando aquilo concluiu que as ovelhinhas precisaram passar por momentos tão difíceis para perceber que o melhor é viver em união.
*HISTÓRIA INSPIRADA NA BÍBLIA EM SALMO, 133 VERSO 1.*
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