terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A lamparina e a lâmpada

                  Uma pessoa deixou em sua casa dois tipos de luz, uma lamparina antiga que produzia claridade através de azeite, e uma lâmpada fluorescente moderna e elétrica.
                Um dia a lâmpada disse para a lamparina:
                - Você até que clareia bem, mas esta ultrapassada, pois precisa de azeite para te manter acesa e sempre deve ficar abrigada longe de vento e qualquer corrente de ar para não apagar!
                A lamparina disse:
                - Não tem problema quando acaba o azeite, logo é reposto e volto a clarear, se por algum motivo apago, se uma faísca encostar logo ascendo!
                A lâmpada respondeu:
                - Bom mesmo é ser igual a mim, moderna que não se apaga com o vento, e com um pequeno toque no interruptor, eu ligo, desligo, e ligo novamente.
                Um dia acabou o azeite da lamparina, e ela se apagou, com rapidez foi colocado azeite e com uma pequena chama a ascendeu novamente.
                A lâmpada rindo falou:
                - Você apagou, e que transtorno para você voltar a ascender!
                A lamparina viu aquilo e ficou quieta.
                Passaram alguns dias e a lâmpada queimou e foi jogada no lixo.
                A Lamparina então pensou:
                - Posso até ser ultrapassada mas quando acaba meu azeite, é reposto e com uma pequena chama volto a clarear até melhor  que antes, enquanto as lâmpadas modernas, ascendem com muita facilidade, mas quando a sua vida útil acaba infelizmente são jogadas fora.

sábado, 14 de dezembro de 2013

O elevador e a escada

Em metáfora    
  
Em um edifício comercial havia um elevador e uma escada, e todos os dias o elevador falava para escada:
-Eu sou melhor e mais importante do que você, pois com rapidez e facilidade levo pessoas para o alto.
A escada com muita humildade respondia:       
-Sim, até concordo que você leva pessoas com rapidez e facilidade, mas muitas outras preferem ir por mim.
O elevador disse:           
-Normalmente só sobem com você aqueles que são medrosos e os que querem subir, porém não muito alto.
E assim passaram dias o elevador sempre com ironia com a escada, e não se contendo disse:
-Tenho percebido que você quase não é utilizada, eu estou levando até pessoas que querem subir pouco e você esta levando só os medrosos.
A escada respondeu:   
-Você sempre fala a mesma coisa que é mais importante do eu, porque trabalha mais, já disse que concordo que você até trabalha mais por ser mais rápido e pela facilidade, mas cada um de nós temos valor e utilidade.
O elevador falou:
Vamos fazer assim se amanhã a metade das pessoas subirem por você, eu reconheço, sua importância e não falo nunca mais que sou melhor e não deu chance da escada responder , sabendo que menos da metade das pessoas subiam pela escada.
A escada então aceitou a proposta mesmo sabendo que seria quase impossível vencer.
No dia seguinte quando começou o horário de atendimento no edifício faltou luz e o elevador ficou impossibilitado para uso e mesmo voltando à luz ele ficou em manutenção e observação durante todo o dia e todas as pessoas que subiram em qualquer andar naquele dia foram pela escada.
O elevador não podia acreditar no que havia acontecido.
A escada disse para o elevador:              
Agora espero que você tenha percebido que todos somos importantes e você só desempenha um ótimo trabalho devido a força da luz que te acompanha e não por si mesmo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A curiosidade

Um jovem era muito rico e tinha tudo em abundancia. Um dia olhando seus pares de calçado, tênis e sapatos importados, pensou:
- Quantos passos eu caminharia com cada um daqueles calçados até eles findarem? Quanto tempo levaria?
Certamente levaria muito tempo, pois normalmente utilizava algum veiculo para seu transporte, e ficou imaginando se só caminhasse a pé sempre em frente quantos lugares e pessoas conheceria e como seria feliz.
Um dia a curiosidade venceu a razão, e ele disse ao seu pai:
- Estou muito curioso para saber quantos passos eu caminharia com cada par dos meus calçados, e sei que fazendo esta pesquisa conhecerei lugares e pessoas, e serei muito feliz.
O pai mesmo desapontado não o impediu, o jovem foi com seus calçados e começou a tão sonhada caminhada e pesquisa, no começo, amigos e várias pessoas aprovavam seu projeto, depois deixou de ser apoiado, pois falavam que a pesquisa era interessante por saber quem era seu pai. Como ele se distanciou muito, os novos amigos não sabiam de quem ele era filho.
Passavam tempos e o jovem perdeu o contato com o seu pai, e já havia gasto vários pares de sapatos e a pesquisa continuava, e ao colocar o ultimo calçado, já estava cansado, parou e pensou:
- Qual o fundamento de tudo que estou fazendo?
Pelo fato de não ser patrocinado para fazer aquilo, era uma pesquisa só de curiosidade, triste e com saudades do seu pai, decidiu voltar, mas estava muito longe pensou em sua pesquisa e pelos cálculos percebeu que não poderia mais dar voltas, teria que ir reto, ou não teria calçado suficiente para chegar até o pai, voltou rápido para casa do seu pai que o recebeu com abraço e beijos.
O jovem admitiu seu erro, pediu perdão ao pai, o qual perdoou e ainda lhe deu roupas novas e o melhor calçado do momento, e fez uma grande festa para comemorar sua volta.
O rapaz pensou:
- Não seria necessário ter ganho o melhor calçado a partir daquele momento só andaria perto do pai.

domingo, 8 de dezembro de 2013

O giz, a lousa e o apagador.

Hoje em metáfora                                                                                                                                                                                      O giz, a lousa e o apagador.                  
Um dia antes de iniciar as aulas três objetos o giz, a lousa e o apagador discutiam qual era o mais importante.
A lousa foi a primeira a se manifestar dizendo:
-Eu sou a mais importante, pois se eu não estiver aqui onde escreverão para as explicações, e resoluções de exercícios?
O apagador logo respondeu para lousa:
-Eu sou melhor, pois sou usado para apagar não só acertos, como erros para aquele que errou possa ter a chance de refazer até acertar.
A discussão ficava cada vez mais quente entre a lousa e o apagador, quando o giz com toda arrogância disse:
-Que discussão mais infundada, com certeza o mais importante sou eu, se não escrevo certamente, vocês não terão valor.
Assim o debate continuou entre os três, quando o giz falou:
-Vou provar que sou mais importante!
 Começou a escrever em toda a lousa repetidamente:
- Eu sou o mais importante, eu sou o mais importante.
 De lado a lado da lousa e depois falava para o apagador:
-Agora apaga!
 E fez isso por várias vezes, a lousa e o apagador vendo que ele estava se acabando queriam avisá-lo, porém ele não os deixava falar, e continuou a escrever a mesma frase:
Eu sou o mais importante!
                E quando percebeu já estava tão pequeno que não daria para escrever uma história mesmo que pequena, e os outros objetos disseram:
-Tentamos de avisar, mas você não quis nos ouvir.
Ele muito triste disse para a lousa e para o apagador:
-Quero pedir um favor para vocês, que a lousa permita que fique escrita no canto bem no alto uma pequena mensagem para o próximo giz e que, por favor, o apagador não apague.
Concordaram então o giz escreveu:
-Não se desgaste e perca tempo com coisas que não acrescenta nada para você e para outros, pois o tempo e sua vida útil parecem muito, mas se utilizados com sabedoria, porém curto se gasto com futilidades.

sábado, 7 de dezembro de 2013

A Proposta

           Um certo homem muito rico teve que se ausentar da sua propriedade por um determinado tempo, como era muito grande a propriedade, a dividiu em várias propriedades de tamanhos diferentes e cada uma dessas propriedades tinham servos fieis administrando.
           Em cada propriedade havia um lindo pomar com várias espécies de arvores frutíferas, que sempre na estação certa produziam frutos maravilhosos e de qualidade. Na hora da entrega da propriedade a cada servo o homem falava:
           - Como você é fiel e eu confio quero dizer que vou me ausentar por um tempo, e quero que você cuide da propriedade para mim, mas em especial quero que cuide do pomar!
           E instruiu seus servos que cuidassem dos pomares da mesma forma que ele até então cuidava, e no período que estivesse ausente, quando nascessem arvorezinhas frutíferas os servos deveriam sempre providenciar que as arvores da mesma espécie ficassem sempre juntas porque às vezes o vento pode levar a semente para longe e assim nascer, e pode não sobreviver ou ter outro sabor.

           O homem acalmou os servos dizendo para não se preocuparem pois poderiam retirar um pouco do lucro da propriedade para que todo mês não faltasse nada para si ou para sua família, o restante poderia investir em boas obras na propriedade e quando ele voltasse ainda lhe pagaria valores extras por cada benfeitoria. Os empregados aceitaram a proposta.
           O proprietário ainda disse mais:
           Vou deixar ainda um telefone com linha direta e exclusiva com cada um de vocês para falarem comigo, o que for necessário, por qualquer duvida, qualquer conselho a ligação será gratuita.
           Se despediu de todos e disse:
           Cuidem de tudo o que é meu, estou partindo mas voltarei.
           Passaram anos e os servos na mesma rotina, levantavam cedo e cuidavam de tudo. Um dia um dos servos pensou:
           - Estou me sacrificando para manter tudo isso em ordem, o patrão foi e deixou tudo em minha responsabilidade, disse que voltaria, não disse quando, hoje vou levantar mais tarde para fiscalizar a propriedade.
           E assim fez. No outro dia estava decidido que não ia mais fiscalizar diariamente, pois como no via mudanças fiscalizando todos os dias concluiu que se fiscalizasse de vez em quando o patrão não veria.
              E passou muito tempo, a propriedade desse servo estava totalmente diferente, com muito mato, poucas plantações e ainda muitos frutos sem serem colhidos. O pomar que sempre foi bem cuidado estava com folhas secas por todo o chão, as frutas amadureceram e não foram colhidas caíram pelo chão e algumas sementes foram espalhadas pelo vento e aconteceu o que proprietário temia, as arvores cresceram e deram frutos com aparência normal, porém, com sabores e aspectos diferentes. O jardim estava sem flores e com gramas altas e a casa estava com a pintura se acabando.
           Um dia o proprietário recebeu a ligação de outro servo que também ficou com a missão de zelar pelas propriedades e estava fazendo tudo corretamente, disse ao proprietário:
           - Senhor, venho pedir ajuda para um de seus servos!
           E explicou tudo o que acontecia com a propriedade do outro servo.
           Disse o patrão:
           - Eu achei muito estranho mesmo pois no inicio sempre ele falava comigo e já faz tempo que não fala mais. Eu disse para todos os meu servos que eu voltaria, mas ele não acredita mais, então faz assim, diga para ele que falou comigo e que lhe mandei uma mensagem, não aumente nem diminua nada, que falo para ele assim:
           - Confiei a ti uma grande missão, sei que és capacitado e zeloso, sei também que não estas cumprindo, mesmo sabendo que te prometi uma recompensa, digo pois, conserta tudo o que esta errado na minha propriedade pois sabes onde esta o erro, que te perdoarei, te deixarei na propriedade ainda te darei a recompensa, mas se continuar da mesma forma não será digno de receber a recompensa e não te deixarei ficar na propriedade. Cuide de tudo pois logo volto!
           O servo recebeu a mensagem e começou a arrumar tudo, limpou a casa, renovou a pintura, organizou o jardim e cortou todas as arvores de frutos estranhos, foram dias de muito trabalho.
           Depois que deixou tudo organizado pensou:
           - Agora vou cuidar de tudo melhor que antes, pois meu Senhor me perdoou e não desfez a promessa, e quando ele voltar vai encontrar tudo em ordem, para que eu possa ser chamado de fiel e ganhar a recompensa reservada a mim.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O melhor amigo

           Durante o ano escolar duas crianças ficaram muito amigas, embora fossem bem estudiosas, da mesma idade havia algo de diferente entre as duas. Na hora das explicações dos professores ficavam atentas e respeitavam as professoras e as normas da instituição de ensino, mas sempre uma tirava nota ruim e a outra não.
           Um dia a criança que tirava notas boas perguntou para a outra:
           - Por que sempre estudamos juntas, fazemos as mesmas atividades escolares e você tira notas baixas?
           Ela respondeu:
           - Na hora das provas eu não consigo colocar em prática o que aprendi, até sei fazer mas não consigo pois fico muito nervosa! O que você faz para responder as questões corretamente nas provas?
           E ela disse:
           - Fico bem calma pois oro e peço para Jesus ficar comigo o tempo todo, todas as horas, todos os dias e como ele é meu amigo ele fica,  como eu sei que ele é bom, me protege e esta sempre comigo, consigo ter paz e fazer o que é certo nas provas.
           E a menina perguntou:
           - O que é preciso fazer para que Jesus seja meu amigo também?
           E ela respondeu:
           - Basta acreditar que ele existe e reconhecer que ele é nosso salvador que ele fará um elo de amizade com você para sempre.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O Fazendeiro e as Ovelhas

           Um certo homem possuí uma grande e bonita propriedade, a qual todos os dias faz uma vistoria em toda sua terra, por mais que pareça cansativo para ele não é, pelo contrário, ele acha o passeio muito prazeroso pois conhece muito bem cada cantinho, cada plantinha e cuida também de todos os animaizinhos.
           Um dia em um desses passeios ele percebeu que duas ovelhinhas gêmeas, filhotes mesmo estando no mesmo pasto não se aproximavam, o tempo foi passando e cada vez mais aquela situação chamou a atenção daquele homem, mas esse homem pensava que com o tempo elas crescem e percebem que é muito bom irmãos serem unidos, porém o tempo passou e mesmo na fase adulta elas continuavam mantendo distância uma da outra. O fazendeiro pensou: 
           - Eu deixei elas crescerem juntas à vontade, mas não quiseram ser amigas, não queria tomar essa atitude mas terei que estreitar o espaço entre elas!
           Então o fazendeiro colocou as duas ovelhas em um pasto pequeno e cercado, com capim suficiente para vários dias e um grande bebedouro de água, porém uma comia em um lado do pasto e a outra do outro, e para beber água alternavam, uma ia até o bebedouro quando saia a outra tomava. E assim foi por vário dias.
           O fazendeiro se entristeceu muito ao ver aquilo, e pensou:
           - Uma coisa que nunca vou aceitar na minha fazenda é inimizade de dois irmãos, mas não desistirei delas! Mesmo me entristecendo muito vou estreitar ainda mais o espaço delas.
           E assim o fez, desta vez colocou as duas ovelhinhas em um curral que continha dois reservatório, um com uma pequena quantidade de água e o outro com uma pequena quantidade de feno, que estavam em lados opostos no curral, mesmo assim elas não se olhavam.
           O fazendeiro foi ao extremo e mandou amarrar uma ovelha com a outra, com uma corrente bem forte e pouco espaço entre elas e as deixou no curral, e continuou a colocar feno e água nos pequenos reservatórios nos lados opostos do curral. As ovelhas ficaram lado a lado mas não se olhavam, o tempo passou e tiveram fome, as duas começaram a puxar, a princípio para arrebentar a corrente, mas não conseguiram, depois começaram a puxar querendo arrastar uma a outra, como tinham a mesma idade, mesmo peso e mesmo tamanho a tentativa foi em vão.
           Depois de várias tentativas, já com fome, com sede e cansadas pensaram:
           - Vamos nós duas juntas no reservatório de feno, comemos e depois faremos o mesmo com a água.
           Passaram vários dias, e elas no mesmo ritual quando sentiam fome ou sede iam juntas aos reservatórias e assim ficaram muito amigas.
           Então o fazendeiro vendo aquilo, começou a solta-las da corrente, e mesmo sem a corrente comiam juntas, e do mesmo que as prendeu aos poucos diminuindo o espaço delas, agora estava devolvendo o espaço pouco a pouco, colocou elas no pasto menor, que era maior que o curral, e elas ainda pastavam juntas, o tempo passou e o fazendeiro resolveu devolve-las ao pasto maior com os outros animais. No dia seguinte, quando o fazendeiro fez seu passeio costumeiro, viu que as duas ovelhas, mesmo livres em toda aquela grandiosa fazenda estavam juntas, correndo e brincando. O fazendeiro olhando aquilo concluiu que as ovelhinhas precisaram passar por momentos tão difíceis para perceber que o melhor é viver em união.


*HISTÓRIA INSPIRADA NA BÍBLIA EM SALMO, 133 VERSO 1.*

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Prudência

        
           Um certo jovem era muito feliz, pois era um engenheiro bem sucedido, trabalhava como diretor de uma grande construtora, possuía um belo e caríssimo carro e também uma casa grande, em todos os lugares que passava era bem recebido, elogiado por seus familiares, vizinhos colegas de trabalho, emfim, era uma pessoa a princípio bem amada. Por esse motivo, quase todos os finais de semana ele fazia grandes festas em sua casa e convidava todos aqueles que ele achava que eram seus amigos.
           Na empresa que trabalhava, havia vários funcionários, entre eles um homem muito simples, que ocupava a função de de pedreiro, esse homem sempre ouvia falar na maneira que vivia o diretor daquela construtora, então começou a perceber que o seu patrão não era feliz.
           Certo dia aquele diretor precisou de um pequeno reparo em sua casa, então ordenou ao humilde pedreiro que o fizesse.
            O pedreiro não conhecia a casa do patrão, pois pela sua condição financeira não permitia que fizesse parte do grupo de amigos do patrão, por isso jamais seria jamais seria convidado para as grandes festas que haviam naquela casa. Com a descrição da residência e o endereço em mãos, seguiu para fazer o reparo. De longe ele avistou a casa, e também viu graves problemas na casa, pois ela estava levemente torta e construída em área de risco.
           O pedreiro pensou:
           - Como uma pessoa que dirige uma grande empresa de construção, fez vários cursos e aparenta ser tão sábio no assunto, construiu sua própria casa em área de risco e torta? 
           Sabendo que o patrão jamais aceitaria sua opinião, pois era muito arrogante, decidiu não falar nada.
           Fez o que lhe fi ordenado, porém, ficou muito preocupado, então chegando na empresa informou a secretária que precisava falar com o patrão.
           Ao receber o recado o patrão questionou:
            - O que este funcionário quer falar comigo?
           E  antes mesmo da secretária responder disse-lhe:
           - Eu não vou falar com esse senhor, pergunte logo oque ele quer e resolva para mim!
           A secretária, muito prontamente, informou para o humilde pedreiro que o patrão não iria recebe-lo, pois estava muito ocupado e falou:
           - Diga-me o que precisa para que eu mesma te ajude!
           Aquele senhor disse:
           - Não sou eu que necessito de ajuda.
           Então o pedreiro contou para a secretária o ocorrido:
           - Fui até a casa do patrão para fazer um reparo, percebi que a casa dele estava torta e construída em área de risco, e seria necessário reforçar as colunas com urgência talvez assim a casa ainda pode ser restaurada!
           E a secretária respondeu:
           - Pode voltar a trabalhar que eu informo tudo para ele.
           Ela passou a informação ao patrão, que muito nervoso respondeu:
           - Minha casa é localizada em bairro nobre, próximo da praia e em um grande condomínio, onde as demais casas são do mesmo modelo, pois fui eu quem fiz e assinou as plantas para edificação de todo o condomínio e foi esta construtora que construiu, foram muito bem construídas, pois entendo de construção, fiz vários cursos, esse senhor que deve morar em casa torta em algum bairro ruim.
           E mandou demitir o pedreiro.
         Passaram alguns meses e aconteceu um grande vendaval, as casas daquele condomínio luxuoso caíram, ninguém se machucou, e a casa do engenheiro caiu em cima do seu belo e caríssimo carro. Por não imaginar que isso poderia acontecer não fez seguro dos seus bens, então ficou muito triste pois havia investido muito dinheiro naquela casa, naquele carro e em grandes festas. Mais ainda estava confiante pois ainda tinha seu emprego, mas devido ao enorme prejuízo da queda das casas o proprietário da construtora o demitiu. Então ele ficou sem casa, sem casa e sem emprego. Procurou todos seus antigos amigos e parentes para que o hospedasse até que ele construísse uma casa, bem menor, pois lhe restou pouco dinheiro, ninguém o ajudou, alguns não ajudaram pois o vendaval também os atingiu, outros por ele não ser mais rico como era antes.
           O humilde pedreiro sabendo da história do seu ex-patrão o procurou e disse:
           - Tenho em minha casa um pequeno quarto disponível, caso o senhor queira, pode usá-lo até a sua casa ficar pronta, pois na minha casa não houve dano algum, como foi construída por mim e bem alicerçada e longe da praia não caiu, e depois deste vendaval muitas casas caíram, várias pessoas estão me contratando para reconstruir suas casa, estou até com ajudantes!
           Então aquele jovem, ex-patrão daquele pedreiro, disse:
           - O senhor me alertou e eu não quis ouvi-lo, mas peço que me perdoe, eu aceito sua oferta do quarto mas quero lhe pedir dois favores; primeiro que o senhor me contrate como um de seus ajudantes, e segundo, que o senhor reconstrua minha casa, menor e segura. 
           O pedreiro então aceitou o pedido, mas o jovem ainda continuou falando.
           - Quero começar reconstruindo a minha casa, para ter experiencia e não errar nas demais.

Fim.

* HISTÓRIA INSPIRADA NA BÍBLIA EM MATEUS CAPÍTULO 7 VERSÍCULOS 24, 25, 26 E 27.*